Some languages explain the entire color spectrum in two or three words–eschewing everything except maybe “light” or “dark” — while others might classify more than 60 relatively obscure colors.
http://www.popsci.com/science/article/2012-12/color-wheel-languages-around-world-infographic?src=SOC&dom=fb
linguagens
liberte seu gênio
sistemas
ditabranda
Registro aqui o termo porque o radar de neologismos apontou um incrível aumento no número de menções – quase 75.000 no google – nesta última semana, após um infeliz editorial da Folha de São Paulo. Veja trecho abaixo:
Lembrando que ditabranda nem é invenção da Folha. Já foi usado com mais propriedade e ironia para designar a primeira fase do regime militar brasileiro, antes do AI-5, entre 1964/1968.
A Folha usa em outro sentido, com outro propósito. Fora a indignação já expressa por vários intelectuais, fica a constatação: quem comanda ditaduras são ditadores, quem comanda ditabrandas são amigos.
sustain ability
Uma coisa que admiro na língua inglesa é a flexibilidade para produzir novas palavras e expressões. Não sei se é mais uma característica da língua ou dos povos que a utilizam, mas sei que é muito útil para acompanhar ou provocar as transformações sociais que o planeta precisa para sobreviver.
em 2009 não tremas
reforma ortográfica é pouco,
criar linguagens que é louco.
não me achei
Eu sabia que a coisa ia longe na Classificação de Lineu para os seres vivos (taxonomia), mas Catarrinos, faça o favor, é demais. Será que ainda podemos sugerir alterações? Veja, na tabela abaixo, aonde nos situaram:
REINO: Animal
– FILUM: Cordados
– – CLASE: Mamíferos
– – – ORDEN: Primates
– – – – SUBORDEN: Anthropoidea
– – – – – INFRAORDER: Catarrinos
– – – – – – SUPERFAMILIA: Hominoidea
– – – – – – – FAMILIA: Hominidae
– – – – – – – – GÉNERO: Homo
– – – – – – – – – ESPECIE: sapiens
– – – – – – – – – – SUBESPECIE: sapiens
Essa classificação lembra o que diz Edgar Morin, no prólogo do livro Amor, Poesia, Sabedoria:
“A idéia que se possa definir homo, dando-lhe a qualidade de sapiens, isto é, de um ser razoável e sábio, é uma idéia pouco razoável e pouco sábia. Homo é também demens : manifesta uma afectividade extrema, convulsiva, com paixões, cóleras, gritos, mudanças brutais de humor; traz em si uma fonte permanente de delírio; crê na virtude de sacrifícios sangrentos; dá corpo, existência, poder a mitos e deuses da sua imaginação. Há no ser humano um salão permanente de Ubris, a desmesura dos Gregos.
A loucura humana é fonte de ódio, crueldade, barbárie, cegueira. Mas sem as desordens da afectividade e as irrupções do imaginário, sem a loucura do impossível, não existiria entusiasmo, criação, invenção, amor, poesia.Do mesmo modo, o ser humano é um animal não só insuficiente em razão mas também dotado de sem-razão.
Todavia, temos necessidade de controlar homo demens para exercer um pensamento racional, argumentado, crítico, complexo. Temos necessidade de inibir, em nós, o que demens tem de mortífero, mesquinho, imbecil. Temos necessidade de sabedoria, que nos pede prudência, temperança, cortesia, desprendimento.”
design action
A workshop for emerging and experienced graphic designers, communications specialists, students and artists who work with social justice organizing efforts.
Isso e muito mais no Fórum Social dos Estados Unidos.
longe do equilíbrio
Íncubos e Súcubos
(demônios masculinos e femininos que vêm copular com mulheres e homens durante o sono)
* Longe do equilíbrio se produzem fenômenos coerentes, o não equilíbrio é a via mais extraordinária que a natureza encontrou para tornar fenômenos complexos possíveis. A vida humana, reações químicas, relações sociológicas, econômicas,… só são possíveis porque estão longe do equilíbrio. As inúmeras interações, as bifurcações da evolução, a não linearidade dão a complexidade necessária à existência destes sistemas instáveis. “Campos de possibilidades”, diria Umberto Eco. *
[ ler mais ]
make internet tv
Pessoal da Participatory Culture Foundation está aprontando o site MITV com um passo a passo sobre como capturar, editar e publicar videos na internet. Isso é que é alfabetização digital. Tem um papo sobre videoblogs muito interessante na apresentação.
a estética da informação
O volume alucinante de informação produzida no dia a dia (do qual retemos e manejamos apenas uma parte) torna essencial a pesquisa de novas formas de organizar e apresentar dados complexos de maneira simples e inteligível. Dessa necessidade vão brotando novas linguagens, novos formatos, novas filosofias.
Para quem trabalha na área, ou mesmo para contadores de histórias que desejam explorar os novos meios de comunicação, o blog information aesthetics, do professor da Universidade de Sidney, Andrew Vande Moere, é uma indispensável fonte de conhecimento e inspiração.
Complexification é outro site que também serve aos mesmos propósitos.
a interminável busca
A imagem acima é de uma apresentação em ppt feita por Gilberto Câmara, do Centro de Estudos de Desigualdades Socio-Territoriais – CEDEST, projeto que tem os seguintes objetivos:
- Investigar as desigualdades socioterritoriais através de análise espacial para construir indicadores de diagnóstico e predição em políticas sociais.
- Estabelecer um diálogo permanente entre análise sociológica e técnicas matemático-computacionais, para uma crítica substantiva e subjetiva dos procedimentos analíticos.
Em outras palavras, eles desenvolvem modelos muito mais complexos do que os atuais para coleta e análise de dados sociais. Na próxima terça-feira, dia 17/10, das 9 às 13 horas, na PUC-SP, haverá um seminário com videoconferência Brasil-França sobre o tema Novos Conceitos de Riqueza, organizada pelo CEDEST. O debate servirá para lançar no Brasil os livros de Patrick Viveret e Jean Gadrey, ambos abordando novas formas de contabilizar os esforços econômicos e sociais.
A informação veio do professor Ladislaw Dowbor, nesses termos, com os quais concordo plenamente: “Ninguém aguenta mais as simplificações do chamado PIB, temos de contabilizar avanços reais em termos de qualidade de vida, e não apenas a soma da produção comercial. Vamos fazer uma video-conferência com os professores na França sobre o tema, aproveitando o lançamento dos seus livros no Brasil. Participam aqui Aldaiza Sposatti, Ladislau Dowbor, José Eli da Veiga. O evento é aberto”.
II SEMINÁRIO NOVOS INDICADORES DE RIQUEZA
17 de outubro de 2006, das 9:00 horas às 13:00 horas.
Anfiteatro do TUCA – PUC/SP; rua Monte Alegre, 984,
4º andar, Perdizes, São Paulo, SP.
ciência & arte
poder de síntese
durma com essa
“A esquizofrenia é assim a mais adequada re-elaboração do processo de civilização. Na “insuportabilidade”, ela mantém a fidelidade à própria aspiração e à própria linguagem. A identidade, ao contrário, precisa se proteger e equipar-se para depois salvar com obstinação e silêncio um si mesmo vazio.”
E mais essa:
“À ambivalência estreita das coisas pode ser respondida com esquizofrenia metódica. Os loucos que acharam linguagem e expressão são os mestres das próximas gerações.”
Loucura
– Dietmar Kamper
Trad. Maurício Andrade
aula de português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender. A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas da minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade
Obra Poética, 7º Volume
rumos da tevê
No Arte SESC Flamengo – Rio de Janeiro.
O evento irá discutir aspectos ligados à implantação da tecnologia digital na televisão brasileira, desde a adaptação dos modelos de negócios até as plataformas de transmissão.
Profissionais de radiodifusão, telecomunicação, engenharia e comunicações irão encontrar no fórum a oportunidade de travar conhecimento do estágio de implantação da TV Digital no país, conhecer as oportunidades oferecidas e aprofundar as discussões sobre a aplicação das novas plataformas.
janelas I
A imagem do dia vem do hipertexto.info:
cegocêntricos
Taí mais uma bela sacada de linguagem e chacoalhada no sentir-pensar que Mia Couto promove enquanto narra O Outro Pé da Sereia. No contexto da história é um modo de falar do outro, mas pode também fazer-nos refletir sobre nós mesmos. Não muito, para não virar encanação.
Como explica o barbeiro de Vila Longe, onde se desenrola a aventura da Sereia: “Somos todos parecidos, santos para viver, demônios para sobreviver”.
antinconstitucionalissimamente
http://www.redebrasileiradetransdisciplinaridade.net/
ganhou!
..^..
De bobeira no fim de semana com duas novidades:
Diz lá: Ferramenta simples para criar modelos 3D de casas, plataformas e até naves espaciais.
Atenção candidatos: não se trata de plataforma eleitoral não, aqui no máximo vocês podem projetar palanques. Mas tomem cuidado para não afundar.
Promete facilitar a vida de quem desenvolve aplicações web. Falta ver onde complica. Novas soluções, novos problemas, mas é sempre bom conhecer.