valor virtual

Globalmente, as empresas já sofreram uma perda de valor de mercado de US$ 30 trilhões em um ano por causa da dramática crise atual, segundo o diretor do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab. Ele acrescenta que a perda é 30 vezes maior do que os planos para socorrê-las.

Fantástico mesmo é falar desse dinheiro como se ele realmente tivesse existido.  Hora de rever conceitos de metaeconomia.

o que é nanotecnologia

Para quem ainda não tem a dimensão das vantagens e, principalmente, dos problemas trazidos pela nanotecnologia, vale a pena dar uma olhada nos vídeos produzidos pela RenanosomaRede de Pesquisa em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente. Este abaixo é o primeiro da série O Futuro é Agora:

Mais vídeos nas páginas da Renanosoma (nota-se fácil que este nome foi dado por cientistas, não por publicitários) no YouTube e no GoogleVideos.

escambos e moedas

moedaInteressante o modo de contar a origem e evolução do dinheiro no site do Banco Central. Nem sabia da existência de moedas antigas com formatos de peles de animais ou miniaturas de instrumentos. Mas o que valeu mesmo foi a conclusão, deixada em aberto:

“O dinheiro, seja em que forma se apresente, não vale por si, mas pelas mercadorias e serviços que pode comprar. É uma espécie de título que dá a seu portador a faculdade de se considerar credor da sociedade e de usufruir, através do poder de compra, de todas as conquistas do homem moderno.

A moeda não foi, pois, genialmente inventada, mas surgiu de uma necessidade e sua evolução reflete, a cada momento, a vontade do homem de adequar seu instrumento monetário à realidade de sua economia.”

democracia econômica

demo_eco1.gifDelinear horizontes é a arte do professor Ladislau Dowbor. Abrir trilhas que nos levem até eles é sua ciência. Em busca de um desenvolvimento humano diversificado e equilibrado, ele aponta a fraqueza das teorias econômicas tradicionais na explicação e condução dos fenômenos atuais, e nos convida a conhecer e buscar a Democracia Econômica, centrada na qualidade de vida:

“Andamos todos um tanto fracos na compreensão destas novas dinâmicas, oscilando entre visões tétricas do Grande Irmão, ou uma idílica visão da multiplicação das fontes e meios que levariam a uma democratização geral do conhecimento. A realidade, como em tantas questões, é que as simplificações não bastam, e que devemos fazer a lição de casa, estudar o que está acontecendo.”

Fazer política sempre foi visto por nós como atividade muito centrada no voto, no partido, no governo. Mais recentemente, surgiram atividades em que a sociedade civil organizada arregaça as mangas e assume ela mesma uma série de atividades. Está tomando forma cada vez mais clara e significativa a atividade econômica guiada por valores, por visões políticas no sentido mais amplo. As pessoas estão descobrindo que podem “votar com o seu dinheiro”.

a onda e a barca

Vem aí o documentário que inaugura um novo modo de fazer campanha política em tempos globalizados: An inconvenient truthUma verdade inconveniente.

verdadeconveniente.jpg

Dífícil imaginar a diferença do mundo hoje se Al Gore tivesse ocupado o lugar que ficou com Bush. Improvável que ele detivesse furacões, quando muito não os teria piorado. Guardadas as devidas proporções, esta comparação me levou a fazer outra, entre Lula e Alckmin. Partindo do pressuposto de que nenhum deles me convence, a quem prefiro fazer oposição?

Há sim distinções profundas entre os candidatos brasileiros, não só tomados parte a parte, como também contextualizados: o PSDB dominando São Paulo, Minas e boa parte do Congresso, tá de bom tamanho pra fazer oposição. Se Alckmim ganhasse, o governo ficaria insuportável, asfixiaria a já rala atmosfera política. Não sei se as pesquisas que colocam Lula 20 pontos à frente indicam uma intuição popular nesta direção ou outra coisa qualquer, mas estou nessa: dos males o menor, voto em Lula.

Agora, saindo da questão doméstica e voltando ao mundo maior, vale a pena ver o trailer, o site, comentários e principalmente o filme quando entrar em cartaz no mês que vem. Gostemos ou não, estamos na mesma barca e é preciso escolher o lado em que colocamos o peso do corpo (e das idéias) para tentar redirecioná-la.

Mantendo, claro, o espírito crítico de quem vê propaganda política bem produzida. Como lembra o influente ambientalista Bjørn Lomborg, Al Gore nos assusta com suas ondas de 6 metros invadindo os continentes, enquanto cientistas ligados às Nações Unidas dizem que a elevação do nível do mar atingirá 30 a 50 centímetros no próximo século.

recusa à pobreza

O II Seminário *Novos Indicadores de Riqueza*, na PUC-SP, centrou-se em análises críticas sobre a utilização do PIB como medidor de riqueza das nações, não faltando exemplos de inadequação deste índice.

PIB mede produção, não importa do quê: guerras elevam o PIB movimentando a indústria bélica; já o trabalho dos 250 mil voluntários da Pastoral da Terra, que melhora a saúde de muita gente, abaixa o PIB, ao economizar gastos em remédios e tratamentos médicos em geral. Supra-sumo da incoerência é tomar os números daí resultantes como riqueza.

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O professor Jean Gadrey, um dos franceses que participavam da video-conferência saiu direto para as atividades da Jornada de Recusa à Pobreza, realizada na França e em outros países.

No Brasil, o destaque ficou com a ONG Natal Voluntários, do Rio Grande do Norte, que chamou a participação de internautas para elaborar sugestões de políticas públicas de combate à pobreza.

Apenas no último fim de semana prolongado, foram enviadas 15 mil sugestões. O material será organizado e apresentado ao próximo presidente em primeiro de janeiro, dia da posse.

a paz pela economia

yunusPessoal que trabalha e acredita em Economia Solidária tem uma questão interessante sobre a escolha do economista e banqueiro Mohamed Yunus como ganhador do Prêmio Nobel da Paz.

E a pergunta vem com um sorriso maroto: se o campo em que Yunus inovou foi o da economia, porque não recebeu o prêmio nesta categoria?

A resposta é tão óbvia que só merece mesmo risos como resposta. O que ele fez precisa ser vendido e incutido no grande público mais como caridade e voluntarismo (o que não deixa de ser verdade) do que como outra – e possível – abordagem para os negócios bancários. Isso colocaria os demais bancos quase na obrigação de seguir o mesmo caminho. Seria exigir demais desse mundo frio de quem só maneja dinheiro.

Segue abaixo um trecho de mensagem de Vicente Aguiar, da Cooperativa de Tecnologias Livres , que levantou a lebre]

Na verdade, Mohamed Yunus , além de “banqueiro” e economista, é um
humanista defensor da liberdade e emancipação humana por meio das
Finanças Solidárias.

Com a recusa dos bancos em emprestar dinheiro para essas pessoas, sob o argumento de que faltavam garantias de pagamento, Yunus fundou um banco em 1976, primeiramente na aldeia de Jobra na Índia, tendo como base um sistema de crédito popular libertador que viria a ser, mais tarde, o Grameen Bank – que se pode aproximadamente traduzir por “Banco da Aldeia”.

Este sistema fundamenta-se em dois princípios: em primeiro lugar, substitui-se a desconfiança bancária típica (avalistas, contratos com letras pequenas, fiadores, garantias…) por confiança pura e simples. Em segundo lugar, ao fato de que a pressão social de um grupo de co-avalistas é mais eficaz que qualquer formalidade jurídica.

A reação das autoridades bengalesas ao sistema de Yunus (quando ele tornou‑se visível) foi radical: “Não se pode emprestar dinheiro para pobres”, disseram os burocratas. Vencendo toda pressão do sistema de crédito proprietário, Yunus insistiu apresentando os fatos: a taxa de inadimplência do sistema (2%) do Banco da Aldeia era mais baixa do que a de qualquer outro banco em Bangladesh.

Desta forma, o Banco foi formalizado e passou a ter em dezembro de 2001 cerca de 13 mil funcionários em 1.175 agências e atuava em 40 mil aldeias. Até o final de 2001, concedeu mais de U$ 3,5 bilhões de empréstimos, financiou a aquisição de 546 mil casas próprias e naquele ano contava 2,4 milhões de clientes (94,8% mulheres).

– Mais informações no livro O Banqueiro do Pobres.

os novos indicadores de riqueza

riquezaMais um livro na fila de leitura para quem se interessa em retrabalhar conceitos de riqueza, tão mal alojados nas mãos dos donos do capital.

Os autores propõem análises dos instrumentos de indicação de riqueza dos países que levam em conta impactos ambientais e sociais causados pelas atividades dos diversos setores de produção.

Veja o comentário de Ladislau Dowbor, que escreveu o prefácio da recém-lançada edição brasileira:

“Pela primeira vez, estamos realmente medindo a utilidade social das nossas atividades. Uma sociedade onde a economia vai bem, mas o povo vai mal e o planeta é dilapidado, é evidentemente uma sociedade sem rumos. Construir sistemas simples que permitam à população saber se está vivendo melhor ou não, tem imensa importância”.

bons ventos, lá fora

wind powerA capacidade de geração de energia elétrica a partir dos ventos (eólica) teve um acréscimo global em torno de 24% em 2005, segundo os dados do Earth Policy Institute. A média anual da última década beira os 30%.

É a fonte de energia limpa que mais cresce no mundo, sendo a Europa responsável por dois terços (40.500 megawatts) de toda a produção (59.100 megawatts).

Enquanto isso, no Brasil, dos 27 projetos de energia eólica aprovados em 2004, só dois estão em obras: o de Osório (RS), com 150 mw, e o do Rio Grande do Norte, com 49,3 mw.

analogia infeliz

Quanto mais se tenta explicar que o presidente Lula *nada sabia* das manobras ilícitas em seu partido e em seu governo, pior a coisa fica. Veja só o que diz o jornalista Franklin Martins em entrevista à Carta Maior:

CM – Além de “maior escândalo de corrupção”, havia a história de se Lula sabia ou não…

FM – Olha, nesse caso, eu uso o exemplo do pai que pergunta para a mãe sobre a filha. A mãe responde: “Ela está com o namorado, trancada no quarto há horas e não quer sair”. O pai sabe exatamente o que se passa lá dentro? Não, mas pode supor. Com Lula aconteceu parecido…

Como pai de uma filha de 24 anos e de outra de 12 anos, eu agiria diferente em cada caso. De forma que não entendi o que o ex-comentarista político da Globo quis dizer. Mesmo assim, em qualquer dos casos, seria uma questão familiar, íntima, e não de manejo de recursos públicos (dinheiro, votos, apoios) para se manter no poder.

Um pai não precisa (muitas vezes nem pode) ser bonzinho, muito menos omisso, para ser um verdadeiro pai. Já um presidente, parece, quanto mais omisso e fingindo de tonto melhor. Caminha para a reeleição. Ridículos, comentarista e comentado.

caindo a ficha na marra

fairbanks"Os grandes incêndios que atingiram o Alasca nos últimos verões encheram o ar de tanta fumaça e cinza que a população de Fairbanks precisou em determinados momentos usar máscaras contra poeira, e os médicos recomendaram aos pacientes asmáticos que abandonassem a cidade até que o fogo fosse extinto.

Mas não é necessário um incêndio para tornar o ar prejudicial à saúde, diz Paul Epstein, diretor do Centro de Saúde e Meio-ambiente Global da Escola de Medicina da Universidade Harvard. O número de casos de asma e alergias nos Estados Unidos está aumentando em parte porque o excesso de dióxido de carbono na atmosfera está superestimulando a produção de pólen, que desencadeia esses problemas, alerta Epstein. Quando o nível de dióxido de carbono dobra, os caules das gramíneas crescem 10% a mais. Mas a quantidade de pólen aumenta em 60%.

Os invernos mais quentes também significam que os insetos são capazes de se multiplicar em locais onde o frio costumava contê-los. A doença de Lyme está se disseminando para além das antigas regiões nas quais habita o carrapato transmissor da doença. E o vírus do oeste do Nilo está se alastrando porque as secas de primavera amplificam o ciclo do mosquito que pica as aves portadoras da doença, diz Epstein.

O ex-vice-presidente Al Gore voltou a ser notícia com o lançamento do seu aclamado documentário sobre o aquecimento do planeta, "An Incovenient Truth" ("Uma Verdade Inconveniente"). E o presidente Bush – que foi criticado pelos grupos ambientalistas por sua lentidão em reconhecer as ameaças representadas pelo aquecimento – disse na semana passada: "As pessoas no nosso país estão justificadamente preocupadas com os gases causadores do efeito estufa e o meio-ambiente".

Fonte: USA Today, via Uol Midia Global

filé mignon na chapa

E disse assim nosso ministro da pouca fala:

“Nunca a alimentação no Brasil esteve tão barata como agora”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Se você olhar o preço da carne, do milho, do arroz e de vários alimentos, o brasileiro pode comprar pela metade ou dois terços do preço que pagava. Hoje o brasileiro pode comer filé mignon, mesmo as famílias com menos recursos”. (Valor)

Dá a entender que as famílias sem recursos moram em outro país, decerto invisível a quem olha a vida através de números e gráficos sobre mesas de restaurantes chiques.

Ainda não sei se incluo essa maravilha na série aiaiai ou inauguro com ela uma outra, Maria Antonieta, que havia pensado adotar durante o próximo período eleitoral.

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O Mapa do Boi

carnes
A – Coxão duro
B – Patinho
C – Picanha
D – Alcatra
E – Maminha
F – Coxão mole
G – Contrafilé
I – Filé mignon
J – Filé de costela

* as partes com números ficam reservadas a certos economistas.

 

eficiência governamental

BRASÍLIA – O governo federal arrecadou um total de R$ 34,966 bilhões em impostos e contribuições no mês de abril, informou há pouco a Receita Federal. Trata-se de um recorde para meses de abril…

Diz aí: se as áreas de Saúde, Educação e Cultura tivessem a mesma atenção que a Arrecadação, não seria uma beleza?

Poderíamos até economizar em gastos com Segurança.

como se fala?

perguntaQuando pequenos, uma vez, meus filhos perguntaram: “pai, como é certo falar, microsoft ou maicrossofiti?”

“Depende – relativizei devolvendo a pergunta – vocês falam ibeême ou áibiemm?”

“Ibeême”, eles disseram. “Então, por coerência, devem falar microssoft, fazendo o som de duplo-esse para não ficar microzoft, que parece nome de remédio”.

Eles concordaram com o argumento e viveram tranquilos para o resto da vida (ainda bem que nenhum deles questionou porque então não falar aple ao invés de époll, pois eu não saberia responder).
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Por falar em crianças e microsoft, a Save the Children, organização patrocinada pela Fundação Gates, divulgou relatório apontando que mais de dois milhões de pessoas morrem por ano, logo no primeiro dia de vida.

Daí, aquela coisa: ranking dos melhores e piores países para nascer, recomendações ‘simples’ que poderiam evitar 3 em cada 4 mortes, tipo: melhora no bem-estar de meninas e mulheres para garantir partos menos complicados e bebês mais saudáveis; vacinação contra tétano para gestantes; presença de profissionais qualificados no parto; tratamento imediato de infecções em recém-nascidos e melhores condições de higiene.

Como se vê, não é só o pessoal do Fórum Social Mundial que fala em Outro Mundo. Difícil é implantar as ‘recomendações’ tendo como pano de fundo o modelo econômico que o sr. Gates promove.

desenvolvimento local

muninetBela ferramenta o site MuniNet – Rede Brasileira para o Desenvolvimento Municipal. Repleta de informações úteis sobre as cidades e, mais interessante, você mesmo pode montar gráficos com os dados que preferir. A dica veio do Alfarrábio.

Entre outras coisas, foi lá que vi os dados do 1º Censo do Legislativo Brasileiro e soube existirem 60 mil vereadores no país, dos quais 88% homens. Ei mulheres, sem vocês o desenvolvimento local não rola. 

pibi

Não sei porque tanta gente torce o nariz quando ouve falar blog, tag, web. Talvez ainda não lhes tenha caído a ficha da extensão dessas palavrinhas estranhas, quase mágicas.

Elas são muito mais fáceis, divertidas e concretas do que, por exemplo, ‘pib’, que está na ordem do dia. Todos os noticiários ressoam: PIB soma R$ 1,937 trilhão e Brasil torna-se 11ª maior economia do mundo. A maioria das pessoas fica, então, com aquela cara, sem saber se isso é bom ou ruim, mesmo depois de ouvir todas as explicações.

Uma corrida de números não me convence ser a melhor forma de medir as riquezas dos países, dos povos. Coisas relevantes ficam pelo caminho. Mais uma visão imposta de cima pra baixo: do poder econômico ao noticiário, do noticiário ao povo, e deste para o vazio. Quem sabe o que é pib? como se calcula?

Pois bem, pib é um exercício de metodologia científica com um pé na ficção. Vejamos se essa explicação da Folha esclarece:

O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país.

O cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Imagine que o IBGE queira calcular a riqueza gerada por um artesão. Ele cobra, por uma escultura de madeira, R$ 30. No entanto, não é esta a contribuição dele para o PIB.

Para fazer a escultura, ele usou madeira e tinta. Não é o artesão, no entanto, que produz esses produtos –ele teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutido os custos para adquirir as matérias-primas para seu trabalho.

Assim, se a madeira e a tinta custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10, não de R$ 30. Os R$ 10 foram a riqueza gerada por ele ao transformar um pedaço de madeira e um pouco de tinta em uma escultura.

O IBGE precisa fazer esses cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores.

Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.

pib_hj5

Nas contas do pib, um sorriso vale zero e se alguém me diz que alegria não é sinal de riqueza, eu dou risada. Uma coisa é ser imensurável, outra é não existir. Falta mesmo é achar um jeito de medir o PIBI (produto interno bacana e invisível).

[ a imagem, que nada tem a ver com nosso PIB, vem do Presse Illustrations Bureau ]

terrorismo de mercado

Em sua coluna de hoje, ao focar a troca de personagens no Ministério da Fazenda e as consequentes pressões sobre o novo ministro pelas forças de mercado, Elio Gaspari lembra que "o terrorismo de mercado é um instrumento eficaz de intimidação política. Em certos casos, rende também um dinheirinho fácil". Ele cita algumas dessas ações no passado recente:

Em 2002, a casa bancária americana Goldman Sachs criou o Lulômetro, uma elegante equação destinada a medir a relação entre o dólar e a falta de confiança em "nosso guia". O sábio Paulo Leme, um dos diretores do banco à época da gracinha, jamais imaginaria que o dólar-companheiro pudesse ficar na casa dos R$ 2,10. Também terrorismo a propagação, em 1994, da patranha segundo a qual Lula congelaria a poupança da patuléia (a malvadeza saiu da cabeça do doutor Gustavo Franco e foi divulgada pela assessoria de imprensa do PSDB).

Complicado apurar e punir crimes como esses, né?