cosmic question list

Alguém se atreve?

shelfpendulum – What is Pattern?
– What is Time?
– What is Space? (includes what is matter?)
– What are Parallel Universes?
– What is Infinity?
– What are Humans? (includes our limitations and destiny)
– What is Mind?
– What is Life?
– What is the Afterlife?
– What is Love?
– What is Evil? (includes what is good?)
– What is Satan?
– What is God?

É só falar com o sr. Clifford A. Pickover

questão de lógica

Se os cursos de economia, jornalistas econômicos e todos nós, falássemos e aprendessemos mais sobre deseconomia, talvez pudessemos desalojar a economia de seu auto-outorgado trono de realeza e recolocá-la no lugar de “subsistema da finita biosfera que a suporta”.

Não é difícil entender que se a expansão da economia ultrapassa os limites do ecossistema que a rodeia, o crescimento começa a produzir mais “males” do que bens, ou seja, torna-se deseconômico. Podemos contastar no dia a dia: o modo dominante de ‘viver’ produz mais doentes, com sorrisos hipócritas, do que pessoas saudáveis, de sorrisos sinceros. Bom, isso nas minhas medidas.

O texto “A ciência económica num mundo repleto“, publicado na resistir, dá uma boa introdução ao tema. Veja só esse trecho:

“Na microeconomia, as pessoas e as empresas percebem claramente quando devem cessar a expansão de uma atividade. Quando se expande, atinge um ponto em que ocupa o lugar de outros empreendimentos, e essa substituição é contabilizada como custo.

As pessoas param no ponto em que o custo marginal é igualado pelo benefício marginal. Ou seja, não vale a pena gastar um dólar a mais num gelado quando esse dá menos satisfação do que o equivalente a um dólar de outra coisa. A macroeconomia, porém, não dispõe de uma regra análoga que avise “a hora de parar”.

Como a manutenção de uma economia sustentável repousa numa enorme mudança racional e emocional por parte de técnicos, políticos e eleitores, poderíamos ser tentados a afirmar que tal projeto é impossível.

Mas a alternativa a uma economia sustentável – manter o crescimento permanente – é biofisicamente impossível. Ao escolher entre enfrentar uma impossibilidade política e uma impossibilidade biofísica, eu escolheria a primeira opção.”

Somos dois. 😉

coca na merenda

Publicada em Amazonia Hoje, do jornal paraense O Liberal:

O chanceler boliviano, David Choquehuanca, elogiou ontem os ‘benefícios da coca’ e defendeu seu uso na alimentação escolar em substituição ao leite e às frutas distribuídas diariamente aos estudantes do país. ‘Nossos filhos precisam de cálcio, e a folha de coca tem mais cálcio do que o leite. Nossos filhos precisam de fósforo, e a folha de coca tem mais fósforo do que o peixe, segundo pesquisas feitas pela Universidade Harvard’, argumentou o chanceler. Realizado em 1975, o estudo norte-americano citado pelo ministro afirma que 100 gramas da coca boliviana são mais do que suficientes para suprir as necessidades diárias de cálcio, ferro, fósforo, vitamina A e riboflavina (componente da vitamina B).

O ex-ministro de Educação e senador oposicionista, Tito Hoz de Vila, criticou a proposta: ‘Os pobres alunos estariam totalmente adormecidos em vez de estar alertas estudando’.

impacto nas comunicações

Antes tarde do que nunca, se expande o debate sobre tevê digital.

Cultura e Mercado:
O impacto nas comunicações e no exercício da cidadania.

Além das matérias do
Fórum Nacional pela Democratização da Informação.

Tudo para quebrar o silêncio cínico das grandes emissoras, que vão provando até aqui o quão longe estão (e querem continuar assim) do real interesse público.

desigualdade

O recém-lançado "Relatório sobre Dignidade Humana e Paz no Brasil 2005" traz como tema central "Desigualdade : como é vista pelos brasileiros". Com base em pesquisas de campo realizadas desde 2002, o relatório mapeia a percepção dos brasileiros sobre a desigualdade social, as atitudes diante delas e a disposição de agir para que elas diminuam.

chico whitakerA má notícia vem das pesquisas quantitativas. Chico Whitaker, responsável pela elaboração do Relatório, é quem apresenta : "constatou-se que 20% dos entrevistados não conheciam a expressão 'dignidade humana' e que havia diferenças de compreensão desse conceito".

Diferenças são inerentes e vitais enquanto desconhecimento é a própria tragédia. Onde inexiste a idéia de dignidade a mediar as relações humanas, impera o desrespeito e a barbárie.

As pesquisas qualitativas, por sua vez, indicaram que se há dificuldade na compreensão do conceito dignidade, facilmente as pessoas o associam ao de igualdade e sofrem diante de desigualdades gritantes.

Daí surge a boa notícia: "a pesquisa realizada em 2005 permitiu verificar que a população em geral está muito mais consciente do que se imagina da existência de uma grande desigualdade social. Essa percepção é quase unânime. Além disso, mais de dois terços não a aceitam e não se conformam com ela".

A conclusão de Chico Whitaker: "Talvez já não se trate de apenas 'denunciar' a desigualdade existente. Urge encontrar formas de mobilização da população para que essa desigualdade seja superada".

O Relatório é publicado anualmente, desde 2002, por iniciativa e sob responsabilidade do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC).

Francisco Whitaker Ferreira – Chico Whitaker – é membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), ligada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e integrante do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial.

Desfiliou-se do PT no primeiro dia deste ano e agora é um dos articuladores da Ação Brasileira de Combate à Desigualdade (ABCD) e da Rede de Reflexão e Ação Política Livre (Repolítica).

hora a mais, ora há mais..

Aproveitei o fim de semana de 49 horas para matar uma curiosidade. Consultar os oráculos e ver se no ambiente virtual tem mais capitalistas, socialistas, comunistas ou anarquistas. Fazer um balanço, um ranking, de brincadeira, claro. Daí as surpresas.

A primeira passada pelo Google trouxe estas ocorrências:

  • 3.690.000 para capitalismo – 36%.
  • 3.220.000 para socialismo – 31%.
  • 2.220.000 para comunismo – 21%.
  • 1.260.000 para anarquismo – 12%.

… No Yahoo a coisa foi pouco diferente:

  • 3,620,000 para capitalismo – 37%.
  • 3,170,000 para socialismo – 32%.
  • 2,430,000 para comunismo – 25%.
  • 542,000 para anarquismo – 06%.

Estranho. Contrariou minha expectativa inicial de supremacia dos anarquistas na rede. Não me convenci e tentei diferente:

Google:

  • 2.130.000 para socialistas – 31%.
  • 1.770.000 para comunistas – 26%.
  • 1.690.000 para capitalistas – 24%.
  • 1.330.000 para anarquistas – 19%.

Yahoo:

  • 2,400,000 para socialistas – 42%.
  • 1,730,000 para comunistas – 30%.
  • 886,000 para capitalistas – 16%.
  • 663,000 para anarquistas – 12%.

Mudou o cenário e aí a expectativa não foi quebrada : há mais socialistas, comunistas e anarquistas absorvidos pelo capitalismo do que ‘capitalistas’ propriamente ditos.

Talvez no singular – na singularidade – surjam mais diferenças. vejamos:

Google:

  • 5.650.000 para socialista – 36%.
  • 5.310.000 para comunista – 34%.
  • 2.570.000 para capitalista – 17%.
  • 2.010.000 para anarquista – 13%.

Yahoo:

  • 6.510.000 sobre socialista – 42%.
  • 6.200.000 sobre comunista – 39%.
  • 2.280.000 sobre capitalista – 14%.
  • 760.000 sobre anarquista – 05%.

As posições da esquerda não chegam a surpreender, mas permanece algo errado no método : tenho a certeza provisória de que há mais anarquista na rede do que demonstram os números, não?

De volta à prancheta. Vou aprimorar o teste e refazê-lo no próximo ano. Na próxima ilusão de hora extra.

divulgação científica

escherOs interessados em aprimorar suas habilidades de escrita sobre temas de teor científico já podem fazer sua inscrição no Curso de Redação Avançada em Ciência & Tecnologia “Leitura e Escritura da Divulgação Científica“.

Com aulas a partir de 15 (período vespertino) e 16 (período noturno) de março, o curso é oferecido na Cidade Universitária, em São Paulo, e conta com o apoio do Núcleo José Reis de Divulgação Científica da ECA/USP.

– Pena que meus horários não batem. Eu adoraria fazer esse curso. 😦

contas abertas, mas..

Acompanhar os gastos dos governos, isto é, saber onde eles colocam o dinheiro arrecadado via impostos, é um saudável exercício de cidadania (desses chatos prá caramba, porém necessários).

question.jpgDaí você olha a planilha do governo federal e bate aquela sensação de irremediável ignorância. Primeiro, pela magnitude dos números: dinheiros-luz, já ouviu falar? Depois porque para entender minimamente é preciso decodificar um sem número de rubricas que faz favor. Resultado: “eu me rendo, acredito nos especialistas”.

Mas..

Como o orçamento da União ainda não foi aprovado pelo Congresso, o governo editou um decreto (nº 5.698, de 8 de fevereiro de 2006) instruindo que os órgãos federais podem pagar, além das despesas constitucionais como as de pessoal e encargos, juros, encargos e amortização da dívida, os gastos com a Eleição de 2006 e as despesas correntes “de caráter inadiável e relevante”.

Ou seja: paga-se o que for necessário para garantir a ‘blindagem’ do presidente e de seu ministro predileto, inclusive os gordos juros da dívida. Esta é a transparência mais opaca que já vi.

tributo

elasSou de uma raça em extinção : de homens e mulheres que nasceram quando em órbita da Terra havia somente um satélite – que era natural e tocado apenas pelos poetas e enamorados em geral.

Quase 50 anos depois, o céu acima do céu está repleto de artefatos metálicos rodando sobre nossas cabeças, fazendo uma diferença danada cá embaixo. A contabilidade é imprecisa, pois há muitos espiões que naturalmente não entram nas contas. Fala-se, entretanto, que já foram lançados ao espaço mais de dez mil geringonças, com formatos e funções bem diversos, como sondas exploratórias, telescópios apontados para o infinito ou para a terra (os espiões), e satélites mais comuns destinados à comunicação, meteorologia e pesquisa científica.

Um dos lados tristes da história é que o espaço, antes pura poesia, transformou-se em ocupação militar: estima-se que 75% dos satélites artificais servem funções desse tipo. Outra tristeza, de consequências difíceis de imaginar, é a produção do lixo espacial, formado por restos de foguetes lançadores e partes de satélites obsoletos; alguns, inclusive, durante um bom tempo, utilizaram combustível nuclear.

No céu do céu do Brasil existem uns 40 satélites, sendo que apenas meia dúzia deles a serviço do país. Para quem não sabe, boa parte de nosso território (as melhores partes) vem sendo comprada por estrangeiros – os ‘donos do mundo’ – que utilizam satélites para identificar com precisão onde vale a pena colocar seu dinheirinho sem sair de casa.

issProblemas políticos, econômicos e ecológicos à parte, os satélites artificiais me fascinam desde pequeno. Ainda mais agora que é possível vê-los a olho nu (e não é porque minha visão melhorou, ao contrário, foi porque eles estão cada vez maiores, mais brilhantes, refletindo melhor a luz do sol).

A estação espacial internacional, por exemplo e por acaso, já vi duas vezes. Dá até para prever quando e onde ela estará visível, sem um binóculo sequer. Isso aí : que venha o progresso com suas benesses e encrencas.

fênix

'fenix arde em seu ninho'. bestiario de oxford (sec XIII).Ave da mitologia grega que ilustra a capacidade de regeneração dos seres vivos. Fênix era como uma grande águia colorida. Alimentava-se com incenso e raízes perfumadas. Antes de morrer construía um ninho em forma de pira, com cinamomo, nardo e mirra. Deitava no ninho perfumado e deixava-se arder pelo sol. Das cinzas, surgia então uma nova e bela ave capaz de alçar vôos ainda mais altos.