Permito-me, como pai, singularizar esta data, tremendo 13 de agosto, e escapar do jogo mercadológico que se faz em torno. Se merecemos reconhecimento e comemoração, não creio que seja nos moldes incentivados pelo comércio, via o artifício dos presentes comprados.
Sempre disse aos meus filhos que preferia um desenho, texto ou escultura (já fizeram até com mandioca), uma geringonça qualquer que fosse de sua própria expressão e elaboração, por mais ‘pobre’ que pudesse parecer (e nunca parece porque nunca é).
Não que eu rejeite camisetas, livros, cedês ou algo no estilo que me chegue com carinho, mas porque essas coisas, no final, induzem à uma saída fácil (fora o desembolso financeiro e a camelada) e a uma certa preguiça de elaborar o que se sente, que pra mim é onde a coisa mais pega.
Enfim, blablabá. Esse post foi para contar como começou meu dia: minha filha menor falando que amanhã tem prova de ciências e que gostaria que eu a ajudasse a estudar, depois do almoço. O assunto da prova é células, a dificuldade está em compreender as organelas, já ouviu falar?
“Bem, eu respondi, o que posso é aprender com você, pesquisarmos juntos, pois quando tive isso na escola – faz tempo – sabia-se muito menos e ‘ensinava-se’ de outro modo, resumo: se alguém me ensinou, já esqueci”.
E taí, para quem quiser saber mais sobre organelas. Sobre saber como ser pai, é esse dia a dia que vale mais do que qualquer comemoração, que nos ensina. Interessantes, as organelas.